Live abordou o Dissídio Coletivo, as ações judiciais e privatização
Na live realizada pelo SINTECT-RS na noite da terça-feira (14), dirigentes do Sindicato esclareceram dúvidas sobre a Sentença Normativo do Dissídio Coletivo 2021, falaram sobre a privatização e informaram sobre algumas ações judiciais do Sindicato.
PL 591
Num primeiro momento da live, transmitida para todo o Estado através do Facebook do Sindicato, foi feito um relato dos últimos movimentos do PL 591, que ao que tudo indica, e conforme posição do próprio presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, não deve ser colocado em votação mais este ano.
De acordo com o Sindicato, um passo importante foi o de mostrar aos senadores a realidade acerca do Correios, e que a privatização acabará com a universalidade, deixando desassistidos as localidades mais pobres e longes dos grandes centros. Somou-se a isso a mobilização da categoria nas redes sociais, nas atividades de rua, a pressão no Congresso, entre outras medidas.
Foi lembrado que todas as empresas de logísticas juntas tem 69 Centros de Distribuição e estão presentes em 12 Estados, ao passo que o Correios, sozinho, tem 115 Centros de Distribuição e chega a todos os municípios do País. Além disso, acrescentaram, a expectativa de lucro da empresa para este ano é de mais de R$ 3 bilhões, o que desmonta o discurso do governo de prejuízos e falta de recursos para investimentos.
Mas, alertaram, a ameaça de privatização permanece. Por isso, é necessário que a categoria se mantenha vigilante e atenta, especialmente frente a um governo que ataca sistematicamente os trabalhadores. “Não podemos baixar a guarda”, acrescentaram eles.
Sentença Normativa e ações judiciais
O segundo ponto tratado durante a live, foi a sentença normativa do Dissídio Coletivo de 2021. Em relação a este tema, foram esclarecidas diversas cláusulas, o que elas representam para os trabalhadores e respondidas a perguntas feitas pelos internautas que acompanhavam ao vivo a live. Diversas perguntas foram feitas na coluna dos “comentários” na própria página durante a transmissão. Entre as principais dúvidas estiveram questões como a data do pagamento das diferenças, os atrasados, o trabalho aos sábados, entre outros. Também foi alertado aos trabalhadores que, se as determinações do TST não forem cumpridas pela empresa, o Sindicato deve ser imediatamente acionado para tomar as medidas necessárias.
Na sequência, os diretores falaram sobre a principais ações judiciais, tanto as de iniciativa do SINTECT-RS, como as da Fentect, mas que atingem a todos os trabalhadores. Entre as ações abordadas, estão a da cinesioterapia, adicional dos motociclistas e outras.
Foi esclarecido que o Sindicato acompanha com atenção também todas as ações da Fentect que busca garantir direitos ou tenha impactos para os trabalhadores.
Por fim, sobre as ações judiciais, foi feito um alerta de que os trabalhadores não apostem ou se deixem enganar por advogados que prometem ganhos fáceis nas portas dos CDDs. Na dúvida ou se achar que tem qualquer direito que não está sendo observado, o/a trabalhador/a deve procurar o Sindicato. A assessoria jurídica tem plantões duas vezes por semana na sede avançada da Sertório.
Cala a boca, Floriano
Ainda sobre as ações judiciais, foi referida a ação civil coletiva movida pela FENTECT, denunciando que os Correios sonegaram informações sobre a real situação financeira, bem como, induziu a publicação de reportagens na imprensa para deslegitimar a luta dos trabalhadores, inclusive com a divulgação de dados falsos. As fake news foram divulgadas nas revistas Veja e Época, no dia 24/07/20.
(Confira AQUI a matéria da Veja)
Com a decisão, a ECT foi condenada a se abster de utilizar de veículos de comunicação (jornais, revistas, televisão e redes sociais) para desqualificar a imagem de seus trabalhadores, mediante a divulgação de notícias falsas, sob pena de multa, em caso de descumprimento. Um verdadeiro, cala a boca, Floriano.
Antes de finalizar a live, os dirigentes ainda fizeram um alerta sobre a iniciativa do Sindicato de debater a Covid-19 e os acidentes do trabalho através dos Cerest, e denunciaram o desmonte destas importantes ferramentas de luta pela segurança e saúde dos trabalhadores que vem sofrendo um brutal ataque dos governos nos três níveis – municipal, estadual e federal. Mesmo assim, a entidade afirmou que estará nas unidades, conversando com os trabalhadores e avaliando o nexo causal entre adoecimentos e a Covid-19, de forma a garantir a emissão de CAT e assegurar os direitos futuros dos trabalhadores.
Ao final, mais uma vez, foi feito um apelo para que os trabalhadores se sindicalizem e não abram mão deste direito. Um sindicato frágil e sem capacidade de luta só interessa aos patrões.
No total, a transmissão teve mais de 140 trabalhadores que acompanharam online, mais de 1.250 engajamentos e alcançou mais de 2.811 pessoas em 24 horas. Teve, ainda, 160 comentários feitos durante e após a transmissão, a maioria perguntas e dúvidas da categoria.
Assessoria de Comunicação
16/12/2021 11:31:38