Enquanto penaliza trabalhadores, presidente dos Correios “agrada” aos amigos com patrocínios esportivos
Fechamento de agência, sobrecarga de trabalho, falta de pessoal, mudanças e penalização dos trabalhadores no plano de saúde, arrocho salarial, locais de trabalho precários e com todo tipo de falta de estrutura, problemas com o Plano de Previdência, reajuste das tarifas, atraso nas entregas, ameaça de privatização e outras, têm sido algumas das mazelas a que os trabalhadores dos Correios e a população têm sido submetidos pelos gestores dos Correios. Tudo sob a justificativa da falta de recursos.
Mas o que falta para continuar mantendo o serviço dos Correios no patamar que sempre ocupou, como um dos mais confiáveis do País, sobra para patrocinar esportes que sequer são conhecidos pela esmagadora maioria da população, como é o caso do atual patrocínio nos Correios para o Squash e para o rubgy, e que também não tem qualquer relação com projetos sociais.
Pois o Correios acabou de aprovar um patrocínio de R$ 700 mil para financiar a Confederação Brasileira de Squash. O valor representa 427 vezes e meia o salário médio de um carteiro, hoje em cerca de 1.600 reais. Como se isso fosse pouco, ainda reservou mais de R$ 1,9 milhão para financiar até 2019 outra modalidade esportiva que quase não existe no Brasil, o rugby.
O patrocínio a esta modalidade esportiva nunca fez parte da agenda de incentivo ao esporte dos Correios nos seus mais de 350 anos de existência. Portanto, não se pode pensar que é acaso, que o deputado Fábio Faria (PSD-RN), que ocupa a 12.ª posição no ranking Novo Squash Brasil, amigo e colega de partido do presidente dos Correios, Guilherme Campos, conversaram sobre patrocínio, coincidentemente antes da liberação da verba.
Esta é mais uma das faces da irresponsabilidade e da politicagem que tem tomado conta da empresa há anos, em todos os governos. Os trabalhadores devem denunciar estas questões, e mostrar para a população que os atuais problemas dos Correios não são responsabilidade de seus trabalhadores, mas da corrupção que corre solta na empresa, das más gestões, que apenas atuam para desmontar a estatal, manter seus privilégios e beneficiar aos seus amigos. É preciso buscar o apoio da população à luta dos trabalhadores, para manter o Correios como uma empresa pública, de qualidade e que respeite os trabalhadores e a população e que historicamente foi uma empresa superavitária.
Fora Guilherme Campos
Fora Kassab
Fora Temer
Assessoria de Comunicação
20/03/2018 12:09:00