SINTECT-RS EM CAMPANHA PELO ORGULHO NEGRO E CONTRA O RACISMO

SINTECT-RS EM CAMPANHA PELO ORGULHO NEGRO E CONTRA O RACISMO

Inicia nesta semana a Semana da Consciência Negra, que tem o seu ponto alto no sábado, dia 20, DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA e que lembra a morte do líder Zumbi dos Palmares e sua luta por liberdade.

Para marcar este período, o SINTECT-RS estará, todos os dias da semana, divulgando matéria e duas personalidades negras que fizeram e ainda fazem a diferença na luta por liberdade e direitos da população negra, que ainda é vítima de racismo, mesmo mais de 130 anos depois da abolição da escravatura.

A campanha, com matérias e cards, tem como objetivo chamar a atenção da categoria e da sociedade, tanto para os avanços, resultado de muita luta dos negros na sociedade, como da necessidade de enfretamentos ainda maiores num país que, apesar de ter uma população majoritariamente negra, ainda sofre com o racismo.

UM ANO DA MORTE DE JOÃO ALBERTO

Em Porto Alegre, a data marcará também, um ano do assassinato do João Alberto Silveira de Freitas, o “nego Beto”. Um crime cruel cometido contra um trabalhador negro, brutalmente assassinado por dois seguranças da multinacional Carrefour, na zona norte da Capital. A tragédia ocorreu dia 19 de novembro de 2020 e evidenciou o sofrimento e as perseguições que pessoas ainda sofrem pela cor da pele.

NEGROS/AS SÃO AS MAIORES VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA…

Do ano de 2016 a 2020, a cada duas horas, um adolescente negro, entre 15 e 19 anos, morreu vítima da violência no Brasil. Foram 34.918 mortes violentas de crianças e jovens registradas nos últimos cinco anos. Destas, 31 mil vítimas tinham idade entre 15 e 19 anos. Outras 80% delas (25.592) eram negras, segundo dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

Ampliando a análise para crianças a partir de 10 anos, a maioria das vítimas é do sexo masculino (91%) e alvo de armas de fogo (83%) em casos de homicídio doloso, feminicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes em decorrência de intervenção policial. Segundo o estudo, cerca de 90% das mortes violentas são homicídios dolosos.

O estudo também revela um padrão. Enquanto a maioria das crianças são vítimas de crimes que ocorrem no âmbito da violência domiciliar, os adolescentes são alvos da violência urbana, especialmente a cometida pelas forças de segurança. O índice de mortos pela polícia chega a 16% na faixa etária dos 10 a 19 anos.

…E, TAMBÉM, DA PANDEMIA

A pandemia e a crise econômica e social escancaram o descaso do estado com as vidas negras. Negros e negras são a maioria das mais de 600 mil vidas perdidas para a COVID-19. São as vítimas do desemprego e os que se encontram na situação de insegurança alimentar.

Não podemos seguir vendo as estatísticas das mortes de jovens negros subirem, cada vez mais, ano após ano, oprimindo e marginalizando mais e mais os negros, negras e pobres nas periferias do Brasil.

Esses números não deixam dúvidas do racismo ainda perpetuado na sociedade, inclusive institucional, e reforça a necessidade de manutenção da luta para avançar no combate a este mal.

Esta luta, hoje, passa necessariamente pelo Fora Bolsonaro e Sérgio Camargo (presidente da Fundação Palmares).

Não ao racismo!

Fora Bolsonaro e Sérgio Camargo!

Assessoria de Comunicação

15/11/2021 20:37:16

Nara Soter

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