Quem é o indicado para presidir o Correios
Fabiano Silva dos Santos, teve seu nome aprovado pelo Conselho de Administração dos Correios no último dia 3. Contrário à privatização do Correios, ele participou da equipe de transição como coordenador do Grupo de Previdência complementar em razão da experiência que possui nessa área.
O Correios foi retirado da lista das privatizações do governo anterior, num dos primeiros atos do presidente Lula ao assumir a presidência da República, dia 1º de janeiro. Mas o processo de desmonte que a empresa vinha sofrendo com vistas a sua privatização acarretou inúmeros problemas, que vão desde falta de efetivos, já que não há concurso desde 2011, passando por estruturas físicas precárias, um brutal ataque aos direitos dos trabalhadores e chegando até o Fundo de Pensão Postalis, por má versação dos recursos dos participantes e que hoje está num processo de equacionamento do déficit.
Portanto, a expectativa da categoria é que nesta gestão, a empresa passe a ter reconhecida a importância que ela tem para a Nação. Que os trabalhadores sejam valorizados por seus esforços, que, apesar da destruição imposta por Bolsonaro, continuaram garantindo os serviços, levando a empresa a ter lucro e constar entre as melhores empresas de correios do mundo, inclusive no período da pandemia, quando, segundo o próprio governo à época reconheceu que “apresentou resultado positivo nos últimos anos, muito em função do crescimento de e-commerce no período da pandemia”.
A luta da categoria não é só contra a privatização. Ela é, também, por melhores condições de trabalho, de salários, resgate das conquistas roubadas pela gestão Bolsonaro na empresa, por concurso público, entre outras questões.
Fabiano é formado em direito pela PUC de São Paulo, possui mestrado em Direito Político e Econômico pela Universidade Mackenzie e MBA em Gestão Estratégica de Empresas pela Facamp. Tem larga atuação no ramo do Direito Previdenciário, e atualmente é coordenador adjunto do Grupo Prerrogativas. Esse grupo reúne juristas, professores de direito e advogados que decidiram atuar para preservar as prerrogativas dos advogados violadas pela operação Lava Jato. A partir de 2020 o grupo tornou-se mais conhecido por atuar mais publicamente na defesa da democracia. Nos últimos anos advogou pelo Postalis e já atuou como secretário-geral da Fundação dos Economiários Federais (FUNCEF), no segundo mandato do Lula, e foi diretor técnico do Departamento do Instituto de Previdência do Município de São Paulo durante a gestão da ex-prefeita Marta Suplicy.
Assessoria de Comunicação
06/02/2023 10:26:49