Nota sobre denúncia de caso de machismo
Na terça-feira, dia 08 de fevereiro, a Executiva do SINTECT-RS se reuniu para deliberar sobre a denúncia feita por uma página de Facebook, alheia à categoria, sobre um suposto caso de machismo no SINTECT-RS. De forma unânime, a reunião decidiu que será composta uma Comissão de Mulheres da Diretoria para averiguar tal denúncia e dará publicidade à categoria, assim que tiver uma conclusão.
Estamos evitando, aqui, dar ênfase à postagem feita pelo fato de que, usar uma luta tão sentida, tão necessária e urgente para a disputa eleitoral, é apequenar a luta das mulheres trabalhadoras. Contudo, vamos abrir uma exceção para reparar uma acusação sem nexo. Não é verdade que as mulheres da Diretoria sejam “agentes incapazes de se enfrentar com tal situação”, “consciente ou inconscientemente cúmplices”. Até o dia de hoje não temos uma denúncia efetiva de tal ato de machismo.
O SINTECT-RS tem em sua história e até hoje, uma atuação de linha de frente de companheiras mulheres. A greve de 2020 não deixa dúvidas. Possui secretarias de mulheres, de raça e LGBT. Nosso Estatuto é categórico na exigência de que as chapas que concorrem ao pleito sejam compostas de pelo menos 30% de mulheres.
Tem atuação destacada no combate às manifestações de machismo nos setores de trabalho, apoiando às vítimas, acompanhando as situações e o registro dos casos, reunindo com a Superintendência e alcançando êxitos em situações de afastamento dos agressores e fim das importunações machistas. Tem obtido resultados jurídicos positivos nas transferências de mulheres para o devido distanciamento de seus opressores e proximidade da moradia para mulheres chefes de família trabalharem próximo aos seus filhos. Hoje mesmo o Sindicato acompanha um caso de pedido de transferência para que a trabalhadora mulher possa se ver livre do agressor.
É fundamental agir, adotar medidas, combatendo o machismo, respeitando a intimidade e dignidade das vítimas.
Postamos em tempos diferentes textos no site do Sindicato em relação a agressões verbais, gritos, de um homem da categoria contra diretoras mulheres em dois episódios.
O Sindicato teve participação destacada nos atos do “Ele Não” logo após a eleição do Bolsonaro, reconhecidamente misógino; estivemos nos atos da Mariana Ferrer, também, de forma destacada; nos atos de repúdio e na busca de justiça contra o assassinato de Marielle Franco e todos os anos marcamos presença no dia 8 de março.
A acusação feita em rede social precisa ser averiguada. Primeiro, porque generaliza, ataca a moral de toda a Diretoria do Sindicato; segundo, porque temos que ser vanguarda no combate ao machismo. Cabe à Diretoria criar meios, ter iniciativas constante de educação, vigilância e combate interno e externo às manifestações de machismo e todo e qualquer outro tipo de manifestação de opressão (racista, LGBTfóbica, xenofóbica).
Executiva SINTECT-RS