Chega de arquitetura de exclusão
Na frente do Prédio Sede, Siqueira Campos, 1100, existem pedras em ângulo (foto) de forma que as pessoas não possam passar e nem ficar por ali. No caso do Correios o objetivo além de espantar os moradores em situação de rua, também é para impedir que os trabalhadores fiquem naquele ponto próximo ao prédio durante suas manifestações.
Uma arquitetura de exclusão. As pedras em frente a Agência Central do Correios cumprem a mesma função das dos blocos de paralelepípedos que a prefeitura de São Paulo mandou colocar embaixo dos viadutos, para afugentar os moradores em situação de rua. Arrancadas a marretadas, numa ação capitaneada pelo Padre Lancelotti (coordenador da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo), conhecido por suas ações em prol dos moradores de rua em São Paulo. No lugar das pedras, que foram retiradas frente a repercussão negativa, dessa verdadeira política higienista, foram colocadas flores.
A ECT não se preocupa nem ao menos com os clientes. Já houve caso de uma senhora que ao sair do prédio, tentou passar no local e acabou tendo uma queda e derrubando as caixas todas que havia ido buscar na agência.
O problema dos moradores em situação de rua é uma situação que precisa do cuidado do poder público, de forma a garantir condições dignas de vida para essa população. Mas num governo como do Bolsonaro, que despreza a vida e que só faz crescer a fome e a miséria, o que se pode esperar são cada vez mais medidas de hostilidade com a população, de rua ou não. E ao que parece, a gestão do Correios reza pela mesma cartilha.
Assessoria de Comunicação
11/01/2022 16:20:42