Casos de Covid-19 crescem assustadoramente entre trabalhadores de Correios
E a Superintendência Estadual da empresa, está fazendo o quê?
Os casos de Covid-19 entre os trabalhadores de Correios no RS têm crescido de forma descontrolada, a exemplo do que vem ocorrendo no próprio Estado e no país. No caso dos ecetistas, este risco é ainda maior, já que com serviços nas ruas ou diretamente com o público nas agências, eles tanto estão mais expostos, como também podem estar levando o vírus para casa.
Para piorar a situação, boa parte das unidades de Correios não atende minimamente aos protocolos dos órgãos de saúde, impondo aos trabalhadores ambientes não ventilados, falta de espaçamento entre as mesas de trabalho, manuseio de encomendas/pacotes com origens diversas, entre outros.
O SINTECT-RS, assim que iniciaram as notícias de crescimento da pandemia, entrou em contato com a empresa para exigir fortalecimento das medidas de proteção, inclusive porque alguns casos já começavam a aparecer na categoria. Uma medida necessária também frente a variante ômicron, reconhecida como de contágio maior e mais rápido que as anteriores.
A empresa, há algum tempo, vem agindo em muitos setores como se a pandemia tivesse acabado, não tomando nem mesmo as medidas básicas como uso de álcool em gel e distanciamento entre as mesas de trabalho e escaninhos. Por exemplo, retornou à exposição dos atendentes, excluindo as fitas que distanciavam o público do trabalhador e tem girado os trabalhadores entre as unidades, como fez no sábado (15/01) entre os CDDs Alvorada e Vila Jardim.
O Sindicato também tem cobrado testagens, fornecimento de máscara PFF2 (a ômicron exige máscaras de maior proteção) e limpeza das unidades entre troca de turnos, quando há revezamento de trabalhadores que utilizam o mesmo espaço de trabalho. Principalmente tem cobrado transparência, já que a empresa omite os casos dos trabalhadores, permitindo, assim, que as contaminações se acelerem. Além, de que tem ido atrás de buscar viabilizar a emissão de CATs por sequelas da contaminação da COVID 19.
Outra reivindicação é que a empresa acabe com as aglomerações nos locais de trabalho. Mas, ao contrário, o que estamos vendo são trabalhadores convocados para atuar aos sábados e sendo emprestados para outras unidades, sendo colocadas até cinco pessoas num único carro. Ou seja, ao invés de evitar aglomerações, como indicado pelos órgãos de saúde, a empresa vem tomando medidas que impõem esta condição. Outra situação é quanto a trabalhadores/as que convivem com alguém que testou positivo – inclusive cônjuge – e a empresa exige que ele/ela continue trabalhando.
Em resposta à inúmeros ofícios da entidade, a empresa se limitou a informar que “todas as medidas cabíveis previstas no protocolo são providenciadas(…)”, o que sabemos, a começar pelo distanciamento, não são cumpridas.
Além de cobrar da empresa, a entidade também tem notificado os surtos nas unidades de Correios à Vigilância Sanitária, inclusive com solicitação de vistoria no local pelo órgão. Fizemos uma reunião com a Superintendência no dia 12/01, fomos ao MPT e temos buscado orientar a categoria de como proceder.
Seguramente, os casos são bem maiores do que os notificados ao Sindicato. Por isso, é solicitado que os trabalhadores informem todas as unidades onde houve ou venham a ter casos de Covid-19, com o total de trabalhadores e destes quantos estão com teste positivo.
Importante destacar que todos que tiveram contato com positivados ou desconfiam que possam ter entrado e contato com o vírus, façam o teste. Todo setor que tiver dois ou três trabalhadores com Covid-19 já é considerado foco e, portanto, o local deve ser sanitizado.
O SINTECT-RS orienta, ainda, a todos que se cuidem, tomem as medidas que lhes cabem, inclusive fora do ambiente de trabalho, já que estamos falando de preservar nossa saúde, nossa vida e a de nossos familiares.
Assessoria de Comunicação
24/01/2022 15:23:39