Cartilha assediadora, denunciado pelo SINTECT-RS, é retirada do ar após repercussão nacional

Cartilha assediadora, denunciado pelo SINTECT-RS, é retirada do ar após repercussão nacional

As denúncias feitas pelo SINTECT-RS, em relação à Cartilha do Correios, que minimiza a gravidade de comportamento de assediadores, além de ofertar um passo-a-passo para os crimes, ganhou repercussão nacional. Os jornais O Globo (veja aqui) e Folha de São Paulo (veja aqui), ouviram o Sindicato e produziram matérias sobre o fato, dando publicidade a uma situação grave à integridade de trabalhadoras e trabalhadores. A matéria teve repercussão em diversos outros veículos em praticamente todo o país.

Depois das denúncias, segundo manifestação do Correios à imprensa, o material foi suspenso, retirado do ar e será revisto. Atentamos para o fato, de que não foi veiculado nenhum pedido de desculpas pela violência do conteúdo. Na verdade, a empresa mantém a postura de má interpretação do sindicato, de empregados e, agora, de parte da imprensa nacional.

Retrospectiva.

No dia 12 de janeiro, o SINTECT-RS publicou matéria com o título “Como assediar moral e sexualmente, sem ser punido” (veja aqui), denunciando trechos do material institucional “Prevenção e enfrentamento à violência no trabalho”, distribuído internamente no dia anterior, via e-mail corporativo. Para a entidade, ao utilizar eufemismos conservadores de “galanteio” para reforçar a naturalização social de comportamentos machistas, a empresa reforça a prática de assédio sexual e praticamente descreve um passo-a passo de como assediar sexualmente colegas e descaracterizar a violência ao mesmo tempo, em termos legais e de processos disciplinares internos.

Para o Sindicato, além da suspensão e correção no material, é preciso identificar os autores e as responsabilidades. Uma vez que além de mal feito é uma agressão às mulheres e homens que lutam diariamente contra a violência e o assédio.

A cartilha do Correios foi feita durante a gestão Bolsonaro, um governo profundamente machista, misógino, homofóbico e racista. Já a veiculação e distribuição se deu em 11 de janeiro, tendo o interino Heglehyschynton Marçal à frente da empresa.

Reiteramos nosso repúdio veemente ao material e a suposição de que a denúncia vise disputas de gestão. A denúncia é feita e reafirmada devido ao CONTEÚDO inaceitável em qualquer quadro político nacional. Entendemos que não há tempo impróprio para combater o machismo e que, pela nossa luta ativa, agora temos um governo comprometido em ouvir e agir contra as violências.

Assessoria de Comunicação

31/01/2023 21:36:24

Nara Soter

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