SINTECT-RS retoma reuniões setoriais e começa pelo CDD Zona Norte
O SINTECT-RS retomou, nesta quinta-feira (6), as reuniões setoriais que haviam sido impedidas pelo Correios desde março de 2020. Primeiro sob a justificativa foi da pandemia, depois, foi o julgamento, pelo TST, do Dissídio Coletivo em setembro de 2020.
A primeira reunião do ano foi feita dia 06 de janeiro, no CDD Zona Norte, em Porto Alegre, e reuniu os trabalhadores no horário do almoço, que acompanharam toda a reunião realizada no próprio refeitório do local.
Durante 40 minutos, os dirigentes sindicais falaram sobre diversos assuntos. Um dos primeiros temas abordados foram as questões da Covid-19, chamando a atenção para o fato de que a pandemia não acabou, embora a empresa esteja agindo como se não houvesse mais pandemia. A empresa tem mantido aglomerações nos locais de trabalho, ambientes sem janelas e ventilação, mantém trabalhando parceiros cujo cônjuge testou positivo, entre outras situações.
Na sequência, falaram sobre a privatização. Foram feitos esclarecimentos sobre como está o processo e chamada a atenção para a necessidade de manter o estado de alerta e as mobilizações assim que os trabalhos no Congresso forem retomados. “É possível que o projeto volte à pauta”, alertou o diretor de Comunicação do Sindicato, João Augusto.
Também foram abordados temas como as terceirizações no Correios e a relação com a precarização das condições de trabalho destes trabalhadores; o Banco de Horas que o Correio vem querendo tratar em acordos individuais; o trabalho aos sábados; o teor da sentença normativa e a importância de que todos conheçam o que está valendo a partir do Dissídio Coletivo; entre outros.
A diretora Fernanda Ilha, falou sobre os prejuízos a partir das sucessivas reformas como a trabalhista e lembrou que dentro do Correios, a postura de muitos gestores tem sido no sentido de reproduzir as atitudes e os desmandos do governo Bolsonaro, precarizando as condições de trabalho.
Após as falas dos dirigentes, os trabalhadores puderam fazer perguntas e colocar os problemas da unidade, como distritos, efetivos, entre outros. O Sindicato informou que levará os questionamentos à empresa para que ela dê explicações e buscará um encaminhamento para os problemas apontados.
Por fim, foram passadas informações sobre as fichas para a ação judicial para os AADC, a eleição sindical e destacado o grau de organização daquele setor, o que tem sido importante para impedir a empresa de impor suas maldades. “Onde o grau de organização é maior, a imposição da empresa é menor”, frisou a diretora da Secretaria de Saúde do Trabalhador, Fernanda Ilha, acrescentando que os trabalhadores não devem assinar qualquer termo que a empresa exija sem antes entrar em contato com o Sindicato.
A partir de agora, o Sindicato retomará as reuniões setoriais e destaca a importância de que, independentemente do horário, é fundamental que todos estejam presentes. Este momento é uma conquista que havia sido retirada da categoria e que agora é retomada e deve ser um espaço de debates, de construção da unidade e de busca de soluções para os problemas da categoria.
No CDD Zona Norte, a Superintendência e a gestão do CDD insistiram em seguir à risca o que diz a cláusula da sentença normativa em relação a horário e local da reunião, mesmo sabendo que a própria cláusula permite alterações a serem discutidas nos Estados para ajustar tal situação. Até porque existem, nas unidades de trabalho, horários e dinâmicas diferentes, o que dificulta a reunião no horário como o do meio-dia, por exemplo.
Este primeiro encontro foi uma experiência para o Sindicato que, nas próximas reuniões, deverá buscar junto à gestão de cada unidade, o melhor horário e local, de forma que todos os trabalhadores da unidade tenham respeitado o seu direito de encontro com o Sindicato.
Assessoria de Comunicação
11/01/2022 15:33:33