Redução de distritos e sobrecarga de trabalho é realidade no CEE Centro
O SINTECT-RS, em visita ao CEE Centro, se deparou com uma situação peculiar. A unidade passou por uma adequação que, até então, tanto o Sindicato, como os trabalhadores acreditavam se tratar de um redistritamento. No entanto, em conversa com a gestão, ficou claro que o SDE da unidade não foi implementado, devido a suspensão da implementação dos SDs em todo território nacional por parte da Administração Central da Empresa. Isso na teoria porque, na prática, no CEE Centro, foram reduzidos os distritos, sobrecarregando os trabalhadores.
A unidade deve ter 39 distritos, previsto no SDE vigente. No entanto, opera hoje com 32, segundo o gestor. Desta forma, não só os trabalhadores da unidade saem perdendo, trabalhando com uma sobrecarga diária, mas também outras unidades que têm que emprestar trabalhadores diariamente (como relatou o gestor) para suprir a demanda da unidade, muitas vezes prejudicando o processo produtivo destas unidades, que acabam fazendo dobras e deixando restos de cartas e encomendas.
A situação é gravíssima. O problema é mascarado, os dados e informações não correspondem com a realidade e acabam por reduzir postos de trabalho, prejudicando a saúde dos trabalhadores, a operação da unidade é prejudicada e a operação de outras unidades também.
Lembrando que os SDs e SDEs estão suspensos devido a luta dos trabalhadores e dos sindicatos. Isso porque esta ferramenta estava a serviço da agenda privatista que, ao longo dos anos, reduziu postos de trabalho e impôs uma sobrecarga à categoria.
Por que a cada PDI houve uma nova adequação produtiva por intermédio dos SDs e SDEs? Até quando ficaremos sob a proposta privatista do governo anterior? Até quando gestores que se afinaram com a administração “milica” ficarão atuando nestes postos? Aqueles que não se importaram com a vida dos trabalhadores durante a crise sanitária mais grave de nossa história, a pandemia de Covid-19, merecem permanecer administrando as unidades de trabalho?
A gestão que assumiu agora tem que responder a estas perguntas. Devendo, assim, colocar a sua força de trabalho, os trabalhadores e trabalhadoras, em primeiro lugar e eliminar processos que levaram à categoria a vivenciar a brutal situação de sobrecarga e desorganização nas unidades que vivenciam hoje. Essa é a uma tarefa urgente.
Assessoria de Comunicação
29/05/2023 20:05:07