Proposta da empresa é rejeitada em todas as bases da Fentect e categoria reafirma greve
Em assembleias realizadas no dia 30 de julho, em todas as bases da Fentect, inclusive no RS, os trabalhadores e trabalhadoras deram um claro recado à empresa: se a proposta não avançar, a categoria realizará a maior greve de sua história.
As assembleias não só rejeitaram por unanimidade a proposta, como também reafirmaram o estado de greve. A decisão é uma demonstração da indignação das e dos ecetistas com a postura da empresa, que nas 12 reuniões realizadas, apenas requentou o que já existe no Acordo Coletivo, praticamente com poucos ou nenhum avanço, e ainda ofereceu uma proposta rebaixada de reajuste, para janeiro de 2025, quando a data-base da categoria é 1º de agosto. Ou seja, quando o reajuste chegar, boa parte dele já vai estar defasado pelo período decorrido entre a data-base e o efetivo pagamento.
A expectativa da categoria, nesta negociação, era de avanços concretos. Em 2023, foi fundamental o resgate das cláusulas retiradas do ACT em 2019, mas é importante lembrar que apenas foi recolocado no ACT o direitos e vantagens que os trabalhadores já tinham há muitos anos.
Assim, se esperava que, uma vez resgatados os direitos retirados do ACT, este ano se pudesse negociar avanços reais, necessários e importantes para os trabalhadores, a começar por um reajuste que de fato recuperasse as perdas da categoria, e que avançasse em pontos importantes como Plano de Saúde, Concurso Público, 70% de férias, o reajuste das portarias dos motorizados, e outras questões colocadas na mesa de negociação pelo Comando Nacional de Mobilização e Negociação (CNMN).
Mas, infelizmente, a empresa se fez de surda, praticamente ignorou as reivindicações da categoria e por fim, apresentou duas horas antes das assembleias, uma proposta rebaixada e fora da data-base. Uma postura que só reforçou a indignação da categoria e que está empurrando os trabalhadores e trabalhadoras para uma grande greve em nível nacional a partir do dia 7 de agosto.
O Sintect-RS reitera a importância da mobilização e da unidade dos trabalhadores e trabalhadoras na luta pelos seus direitos e avanços nas conquistas. Não podemos ficar no zero a zero, ou seja, apenas mantendo o que já tínhamos, sem qualquer avanço. Os trabalhadores/as de Correios foram duramente sacrificados ao longo dos últimos anos, foram atacados de todas as formas, estão adoecendo, trabalharam na pandemia, estão com uma brutal sobrecarga de trabalho por 13 anos sem concurso, os salários são os mais baixos entre as estatais, muitos estão deixando o Plano de Saúde por não conseguirem mais pagar, e a resposta para a empresa, que parece fechar os olhos para esta situação, não pode ser outra senão a maior greve da história da categoria.
Todos à luta!
Se a proposta não melhorar, é Greve!
Assessoria de Comunicação
31/07/2024 15:59:26