ECT oferece 2,21%, quer que trabalhadores aceitem migalhas e não deixa alternativa a não ser a greve!

Na reunião da terça (31) com o Comando Nacional de Negociação, a ECT ofereceu um reajuste de 2,21%. O índice continua abaixo da inflação, prevista para 3,68%. Além disso, mantém sua postura de intransigência, de ameaças a categoria para impor a retirada de direitos e rebaixamento do acordo coletivo.

Frente a esta proposta, a orientação do Comando Nacional de Negociação é pela rejeição da proposta, pelo fortalecimento das mobilizações e para fazer a maior greve da história recente dos trabalhadores dos Correios.

TRABALHADOR NÃO É BOBO

Os gestores tentam tratar os trabalhadores como bobos, com seu discurso de crise e de fazendo de conta que está negociando, quando, na verdade, não avança em nenhum ponto e ignora as reivindicações dos trabalhadores. Agora diz que quer prorrogar as negociações até o dia 14 de agosto, mas não garante a vigência do Acordo Coletivo de Trabalho com todas as cláusulas firmes.

A empresa tenta a todo momento usar a malfadada reforma trabalhista para ameaçar, amedrontar e intimidar a categoria, tentando fazer os trabalhadores “engolirem” uma proposta rebaixada.

Não podemos nos intimidar e a nossa resposta para cada ameaça da empresa tem que ser o fortalecimento da unidade e das mobilizações em nível nacional.

NOSSA FORÇA ESTÁ NA NOSSA UNIDADE

Nas assembleias realizadas até o dia 27 de julho, todos os sindicatos da base de Fentect disseram não à proposta da empresa e aprovaram o estado de greve e o indicativo de greve para o dia 7 de agosto.  A empresa aposta no medo, na reforma trabalhista e na divisão da categoria.

Mas nós sabemos que nossa força está na nossa unidade. Ou lutamos agora, de forma coletiva, unificada, ou vamos retroceder décadas em nossos direitos e seremos ainda mais arrochados nos salários e nos benefícios e veremos os Correios ser desmontado e privatizado.

Além do reajuste rebaixado, que na verdade representa uma perda, a empresa aponta entre os importantes direitos que quer modificar e/ou retirar: modificação do vale-refeição, com o desconto dos dias não trabalhados; exclusão do vale-cultura; redução dos dias para acompanhamento de dependentes (atualmente são seis dias e a empresa sugere que sejam três); adoção do ponto eletrônico sem o registro disponível para o empregado; e a redução em 50% do pagamento em dias de folga.

NÃO É SÓ POR SALÁRIO

Lembramos que a cada negociação, e nesta mais do que nunca, não estamos lutando apenas por salários, mas para defender o que já temos garantido em Acordo Coletivo há muitos anos.

Portanto, não se omita. Venha para a luta, se for necessário vamos à greve e vamos dizer em alto e bom som para a empresa, que não vamos aceitar NENHUM DIREITO A MENOS, NÃO AO ARROCHO SALARIAL! NÃO A PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS!

Dia 7 de agosto, todos nas assembleias em Porto Alegre e nas subsedes.

Assessoria de Comunicação

01/08/2018 18:37:19

 

Nara Soter