Domingo, dia 15, mais de 1,7 milhão de pessoas prestarão concurso para o Correios
Neste domingo, quase 1,7 milhão de candidatos prestarão provas para o preenchimento das 3.511 vagas oferecidas neste concurso público dos Correios 2024. O número de candidatos supera em 55% o do último certame nacional da empresa, realizado em 2011. Deste total, mais de 1,5 milhão estão inscritos no edital de nível médio, para o cargo de agente de Correios, e outros 111 mil no edital de nível superior, para o cargo de analista de Correios.
Se considerados somente os cargos de nível médio, que se limitam a 3.099 para carteiro e 412 administrativo, a densidade por vaga seria algo em torno de 2.935 pessoas por vaga. Mas o que os números dizem sobre o concurso do Correios?
A primeira observação é, sem dúvida, o potencial de atração que o Correios ainda tem para as pessoas que buscam um emprego com relativa estabilidade. Mesmo outras estatais, não chegam a estes números de interessados. O que contraria o discurso de alguns segmentos de que a empresa não é importante. É sim, e o alto interesse em trabalhar na ECT demonstra isso.
Outra informação a partir das inscrições é de que o Correios, de fato, é uma empresa que está presente efetivamente em todo o país. Portanto, com uma real abrangência nacional como nenhuma outra estatal.
E, por fim, mostra que os Sindicatos têm razão quando cobram concurso com um número maior de vagas. Não só porque é absolutamente necessário, frente a brutal sobrecarga de trabalho que existe hoje em função dos baixos efetivos, principalmente entre carteiros e administrativos, exatamente os dois cargos mais procurados, mas porque esse concurso, que para os trabalhadores e trabalhadoras de Correios soou como um “faz de conta”, deixará mais de um milhão de pessoas frustradas por sequer terem a chance de entrar nas vagas anunciadas tendo em vista de que apenas um candidato, entre 2.935 conseguirá ser chamado. Isso se o Correios realmente contratar estas pessoas, o que os trabalhadores esperam que aconteça de forma rápida frente ao total esgotamento dos trabalhadores e trabalhadoras que estão hoje na empresa e que desde 2011 estão vendo se avolumar o serviço na contramão da mão de obra que escasseia cada vez mais.
Mas, mais do que tudo isso, para um governo que se diz empenhado em promover o pleno emprego, com direitos e salários dignos para os trabalhadores, está aí um caminho. Não se chegaria, naturalmente, a contratação de 1,5 milhão de pessoas. Mas a necessidade do Correio é de quase 10 vezes as vagas oferecidas atualmente. Então, pelo menos mais umas 20 mil pessoas poderiam almejar um emprego na estatal o que, de acordo com os números, vestir a camiseta amarela pode ser o sonho de muitos brasileiros.
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Assessoria de Comunicação
12/12/2024 16:04:22