Dia 7, é dia de dar a única resposta possível ao presidente do Correios: É GREVE!
O SINTECT-RS está convocando assembleias em Porto Alegre e nas subsedes para esta quarta-feira, dia 7 de agosto a fim de avaliar a campanha salarial e deliberar sobre a greve da categoria. A participação de um grade contingente de trabalhadores e trabalhadoras nestas assembleia é fundamental, para que a decisão seja de fato da maioria, assim como o engajamento nas lutas necessárias para pressionar a empresa a respeitar a categoria e avançar na negociação.
De fato, em 12 reuniões como Comando Nacional de Negociação e Mobilização (CNMN), como já denunciado pelo Sindicato, os representantes da empresa enrolaram, apresentaram as cláusulas requentadas, com poucos ou nenhum avanços e ignoraram completamente as questões que são fundamentais para os ecetistas, como concurso público, plano de saúde, 30% do adicional de periculosidade para os motorizados, 70% das férias, entre outros itens.
Para piorar, nas propostas econômicas, a empresa desconsiderou a data-base 1º de agosto e apresentou um reajuste pífio de 6,05% para janeiro de 2025, portanto com cinco meses de defasagem e de 4,05% nos benefícios.
É importante lembrar que o presidente do Correios, Fabiano Silva, sequer se dignou a participação de pelo menos uma reunião com os trabalhadores, jogando no lixo e evidenciando que seu discurso de valorização dos trabalhadores e de uma nova relação com a categoria não passou de “conversa para boi dormir”.
Em 2023, a luta da categoria foi, principalmente, pelo resgate das cláusulas que foram roubadas na negociação de 202. Mas este ano, a expectativa é de que houvesse avanços reais, já que a reposição das cláusulas não representou avanços, mas apenas a recuperação do que era direito dos trabalhadores e trabalhadoras há anos. Se nesta negociação não houver avanços reais, a categoria ficará mais um ano sendo penalizada por salários baixos – os mais baixos entre as estatais -, sofrendo com a precarização cada dia maior das condições de trabalho e falta de pessoal e vendo crescer as terceirizações que chegam ao absurdo de ter setores só com terceirizados e, mais recentemente, as entregas por motoboys e motoristas particulares, uma espécie de “uberização” das entregas do Correios.
Motivos para realizar a maior greve da história da categoria não faltam. É preciso dar um basta ao sofrimento físico e mental que tem sido imposto aos trabalhadores e trabalhadora e lutar para que o Correios ocupe, novamente, o lugar de importância que sempre teve junto a população brasileira. E isso passa por respeito e valorização da categoria, com salários e condições de trabalho que possibilitem a todos e todas realizar suas tarefas com dignidade.
Por todas essas razões, a resposta da categoria nas assembleias desta quarta-feira, dia 7, só pode ser uma: É GREVE POR TEMPO INDETERMINADO!
Converse, se organize com seus colegas e participe das assembleias. A hora de lutar é agora, na campanha salarial!
Assessoria de Comunicação
05/08/2024 22:56:08