Ato evidencia indignação dos trabalhadores com desmonte do ambulatório da Sertório
Dois atos realizados pelo Sindicato com os trabalhadores na Sertório na quinta (6), tanto nos turnos da manhã como da tarde, chamaram a atenção e evidenciaram a indignação dos trabalhadores com o desmonte e ameaça de fechamento do Ambulatório do Centro de Operações da Sertório.
O local já está sem médico pela manhã e à tarde, o médico está para sair de férias e não há ainda um substituto. Os trabalhadores temem que o local fique sem médico, o que causaria imenso prejuízo não só aos trabalhadores da unidade, hoje cerca de 600 trabalhadores, mas também dos que atuam em outros setores e até seus dependentes, que, frente às deficiências do Postal Saúde, acabam procurando atendimento no local.
Na avaliação dos trabalhadores, trata-se de mais uma medida com objetivo de privatizar o Plano de Saúde e deixar sem atendimento médico a categoria, apesar dos altos índices de adoecimento, resultado das precárias condições de trabalho, exigência de metas impossíveis de serem atingidas, assédio moral, falta de ergonomia nos locais, e outros problemas causados pelas péssimas condições de trabalho.
Esta não é a primeira vez que a empresa faz esta tentativa. Há cerca de um ano, já houve movimentos neste sentido, mas depois a empresa recuou. Agora, estão novamente tentando fechar o ambulatório. Estão afastando médicos com justificativas furadas, recusam outros, tudo para por fim a mais um local de consultas e medicação da categoria.
O Sindicato tentou várias vezes negociar com a empresa e buscar uma solução para a questão de forma a não prejudicar e penalizar os trabalhadores. Mas a empresa se fez de surda. Foi somente mediante a mobilização da categoria, especialmente dos trabalhadores da Sertório, que ela chamou para uma reunião. O encontro será na segunda-feira, dia 10, na parte da manhã.
Criatividade
Para falar com humor dos problemas enfrentados pela categoria, foi feita a apresentação de uma esquete. Com músicas, poemas e representação teatral, os atores mostraram a importância do plano de saúde para a categoria, a situação crítica em que se encontra este direito e a necessidade de resistência para defender o plano. A esquete esteve a cargo do Grupo Cambada de Teatro em Ação Direta – Levanta Favela. O Grupo faz parte do projeto Usina das Artes, da Usina do Gasômetro e faz apresentações teatrais de rua e em diveros outros espaços, como no caso da esquete temática para o Sindicato.
Na apresentação, os personagens falaram do percurso da vida de um servidor do Correios e a dificuldade de manter seus diretos, conquistados com muita luta, como o Plano de Saúde. No final, denuncia o processo de privatização do patrimônio público e reforça que a luta está com o povo, com os trabalhadores.
O SINTECT-RS continuará acompanhando e tratando desta questão e chama os trabalhadores a estarem mobilizados na defesa do ambulatório da Sertório e do atendimento na saúde de toda a categoria.
Assessoria de Comunicação
06/10/2016 17:14:29