Cinesioterapia na Sertório: encerrada licitação e definida empresa que prestará o serviço
O SINTECT-RS continua acompanhando o processo de restauração dos serviços de cinesioterapia, uma luta que vem sendo travada pela entidade desde 2020. O pregão para a contração de empresa especializada em Programa de Cinesioterapia Laboral (PCL) ocorreu dia 19 de maio último e contempla mão de obra especializada de medicina, técnico/auxiliar de enfermagem, fisioterapeuta e educador físico, com locação e manutenção de equipamentos de educação física, fisioterapia e mobiliários para o Centro de Operações dos Correios em Porto Alegre, pelo período de 12 meses (VEJA ATA AQUI).
A empresa vencedora foi declarada no dia 6 de junho e a prestação de serviços estará a cargo da empresa Med Mais Soluções em Serviços Especiais, que, segundo a empresa, atendeu a todas as exigências e, com isso, o pregão foi homologado.
Entende o caso
A pendenga do serviço de cinesioterapia na unidade da Sertório começou em maio de 2020, quando a Superintendência e a GERTT acabaram com o serviço, que vinha sendo usufruído pelos trabalhadores desde 2016. À época, alegaram que o serviço estaria impedido pela pandemia, o que não era verdade, já que o local era usado de forma escalonada e com condições de determinar o uso da sala.
Frente o falso argumento dos gestores, o Sindicato denunciou que enquanto acabava com o serviço, importante para os/as trabalhadores/as, a empresa promovia aglomeração na unidade, desrespeitavam o acordo feito de dois sábados de convocação e um de convite, os chefes não usavam proteção facial em meio aos trabalhadores. Além disso, o distanciamento de pelo menos dois metros entre uma pessoa e outra, a higienização do local e dos instrumentos, e vários outros protocolos das autoridades sanitárias, vinham sendo desconsiderados pela empresa.
Mais uma vez, a empresa aproveitou a pandemia para acabar com um serviço que beneficiava os trabalhadores. Ou seja, se tratava de mais uma das decisões unilaterais da empresa e do Postal Saúde, onde é sempre o trabalhador que paga a conta.
À época o Sindicato tomou diversas medidas, como ofícios e reuniões com a empresa, denúncias nos meios de comunicação da entidade e inclusive entrou com ação coletiva junto à Justiça do Trabalho.
Em decisão de junho de 2021, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-4), determinou que a empresa mantivesse o funcionamento do setor de cinesioterapia, sob pena de multa diária de mil reais por descumprimento da decisão.
O Sindicato continua acompanhando o processo e buscando o pagamento da multa a qual a empresa foi condenada, tendo em vista que apesar da decisão ter sido de junho de 2021, somente agora a empresa fechou o pregão para retomar o serviço.
Este é mais um exemplo de que, lutando juntos, trabalhadores e sindicatos, é possível garantir os direitos dos trabalhadores.
Assessoria de Comunicação
07/06/2022 21:25:31