Sistema de Avaliação de Produtividade realizado com falta de pessoal e em condições inadequadas no CTCE Sertório

Sistema de Avaliação de Produtividade realizado com falta de pessoal e em condições inadequadas no CTCE Sertório

Ignorando totalmente as condições precárias, a sobrecarga de trabalho e as condições impostas aos trabalhadores no Complexo da Sertório, a empresa mostrou toda sua insensibilidade ao fazer a avaliação do SAPP na segunda-feira (05) na Unidade.
O efetivo normal, somando concursados e terceirizados, já é insuficiente para atender a demanda de trabalho. A situação é tão grave que até a gestão participou da triagem, executando tarefas operacionais de OTT. Outros trabalhadores e trabalhadoras vivem a mesma situação, e mesmo já afetados pela sobrecarga de trabalho, são obrigados a alternar entre as diferentes funções, para tapar os furos causados pela falta de pessoal.
Na terça-feira (06), a situação atingiu um nível crítico, caracterizando, inclusive, assédio por parte da diretoria dos Correios e da GPLAC. Após o intervalo, diversos funcionários terceirizados deixaram o local, e ao longo do dia outros também saíram. No total, cerca de 15 trabalhadores foram embora, levando os trabalhadores a terem que atuar em vários setores diferentes. Coordenadores e terceirizados estavam realizando atividades operacionais intensas e os terceirizados chegaram a dividir rampas, pois várias estavam em aberto, o verdadeiro quadro do caos.
Mesmo diante desse cenário, os avaliadores, “fiscais” do SAPP, continuaram a avaliação, observando e mensurando os trabalhadores e trabalhadoras, como se a situação estivesse normal.
Além disso, passaram a carga até o limite. Faltando apenas 10 minutos para o fim do expediente dos terceirizados, ainda estavam puxando carga para a área de transferência. Os trabalhadores não tiveram sequer tempo para lavar as mãos. Isso demonstra descaso e uma completa desumanização das condições de trabalho.
Para os trabalhadores/as da Unidade, estas atitudes refletem a total insensibilidade da gestão da empresa podendo caracterizar até assédio moral, já que a presença dos avaliadores coagiu, intimidou e revoltou a todos e todas. Já é difícil ser avaliado em um dia considerado “normal”, quanto mais nestas condições. Além disso, as avaliações, para os trabalhadores, são muito mais punitivas do que educativas.
Os trabalhadores exigem que o SAPP seja suspenso até que haja número suficiente de funcionários e, principalmente, condições adequadas de trabalho. Algumas semanas atrás, o ambiente estava insalubre e apresentava riscos de acidentes. Houve uma leve melhora apenas porque não choveu desde então. É nisso que a empresa deve atentar, e não tentar intimidar os trabalhadores com avaliações que, na prática, não refletem a realidade diária imposta a eles.
Sindicalize-se. Juntos somos mais fortes para exigir condições dignas de trabalho!
Assessoria de Comunicação
08/05/2025 15:02:52

Nara Soter

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