PDI dos Correios: pior para os trabalhadores, para a sociedade e para o País

Os gestores do Correios alardearam, com toda pompa e circunstância, mais uma de suas ações para “sanar” e “melhorar” a atuação da empresa: um novo Plano de Demissão Incentivada (PDI) a partir de janeiro de 2018, que pretende desligar mais cinco mil trabalhadores.

A medida sob todos os ângulos é um absurdo. Não resolverá os problemas financeiros da empresa, que são de gestão; piorará ainda mais a vida dos trabalhadores, que já estão sobrecarregados e adoecendo; e transformará os serviços dos Correios, que durante décadas foi um dos mais elogiados e acreditados entre os serviços públicos, num caos pior do que o que já se encontra hoje, fundamentalmente pela falta de pessoal. Isso sem falar no aumento do desemprego que, no Brasil, atinge recordes históricos e que hoje faz parte da vida de milhares de pessoas.

O que está por trás de todas estas medidas “salvadoras” da empresa todos sabem: esta gestão, indicada por um governo entreguista, capacho das multinacionais, totalmente descomprometida com o País e com os brasileiros, está pavimentando o caminho para a privatização. Esquecem que o Correios é uma empresa fundamental para a Nação e que, em muitos municípios, é o único serviço público que chega, levando aos cidadãos o direito básico à comunicação e, bem mais que isso, serviços aos quais não teriam acesso, se não fosse a estatal.

A cada movimento da empresa neste sentido, temos que responder com mais resistência, com mais unidade e com o aumento das denúncias da intenção desta gestão e deste governo de privatizar os Correios.

Temos que fortalecer nossas lutas por condições dignas de trabalho, concurso público na estatal, mais estrutura e material para uma prestação de serviço adequada, entre outras situações.

A gestão da demissão

Este novo PDI demonstra a incompetência de uma gestão que ganha salários milionários para acabar com a empresa e cuja única estratégia tem sido as demissões e ataques a direitos dos trabalhadores. Apesar de ter uma defasagem de cerca de 30 mil trabalhadores no País, o presidente Guilherme Campos anunciou no início deste ano, um Plano de Desligamento Incentivado para Aposentados (PDI), destinado aos maiores de 55 anos, com expectativa de mandar embora oito mil pessoas e economizar às custas dos trabalhadores.

Agora, pretende mandar embora mais cinco mil e agora, sem limite de idade.

Desde 2011 o Correios não faz concurso e com as demissões, além das aposentadorias e dos que deixam a empresa não suportando mais os ataques, a sobrecarga e o assédio moral, a situação só piora. E a gestão, que ganha salários milionários, em vez de pensar em soluções reais e propositivas, enxerga corte de custos apenas em fechamento de agências e demissões.

O SINTECT-RS reitera que todos os trabalhadores informem-se e não assinem qualquer documento aderindo ao programa antes de entrar em contato com o Sindicato. É fundamental neste momento estarmos unidos e garantindo nossos empregos e nossos direitos.

Assessoria de Comunicação

28/11/2017 14:08:31

Nara Soter