Em assembleia, trabalhadores reafirmam unidade e mobilização e chamam à greve

Em assembleia, trabalhadores reafirmam unidade e mobilização e chamam à greve

Durante assembleia realizada na sede do Sindicato na noite do dia 13 de setembro, os trabalhadores dos Correios reafirmaram a necessidade do fortalecimento da unidade e da mobilização da categoria. A decisão repetiu o que já havia sido afirmado na assembleia que ocorreu na parte da manhã para os trabalhadores que exercem suas funções no contraturno.

No início da assembleia, os dirigentes passaram os últimos informes do representante do Sindicato no Comando Nacional de Negociação, da Fentect e da assessoria jurídica da Federação. Todos os relatos foram na direção de repúdio a atitude da empresa que tenta amedrontar e intimidar os trabalhadores, ameaçando com perda de direitos e cancelamento de pagamento de benefícios.

Neste sentido, alem do informe da assessoria jurídica da Federação, a Dra. Jaqueline Matiazzo Ledur, do jurídico do Sintect, fortaleceu que se trata de uma manobra da direção da ECT para intimidar os trabalhadores e impedir a realização da greve. “Este discurso não tem amparo jurídico”, esclareceu. Segundo a advogada, o entendimento, em princípio, é de que o Acordo está valendo, já que a audiência do TST foi em termos de mediação e não de julgamento. Além disso, citou o artigo 114, parágrafo 2º da CLT, que trata do dissídio coletivo e que garante que se mantém o que já é praticado. Mas alertou que a pior situação seria a prorrogação para depois de novembro, quando entra em vigor a reforma trabalhista e aí tudo será uma incógnita.

Os dirigentes do Sindicato chamaram a atenção para a agenda que vem sendo desenvolvida pela entidade em função da campanha salarial e destacaram que frente as tarefas, é fundamental que os militantes e ativistas reúnam os trabalhadores nos locais de trabalho, conversem e esclareçam sobre o andamento da negociação e destaquem a importância do comparecimento de todos na assembleia do dia 19, quando será definido sobre a greve.  De acordo com eles, é fundamental que a categoria se mantenha mobilizada, com agitação nos locais de trabalho e que busquem no sindicato qualquer informação sobre a campanha, especialmente frente às manobras da empresa de ameaçar a categoria.

Faltou vontade da empresa em negociar

Foram grandes as críticas da empresa, especialmente frente à atitude da ECT de tentar empurrar a negociação com intuito de se beneficiar com a entrada em vigor da reforma trabalhista. Tanto isso é verdade, que o calendário proposto pelos trabalhadores já apontava na direção de se fazer uma negociação dentro do tempo hábil, com várias datas de reunião, todas não atendidas pela empresa, que preferiu debater no TST, levar a negociação para dezembro e só agora, dia 12, resolver negociar. Mesmo assim chegou a reunião sem qualquer proposta e apenas reiterou as ameaças. Lembramos que a data-base da categoria é 1º de agosto e a pauta foi entregue à empresa no dia 27 de julho. Portanto, não há como a empresa alegar falta de vontade dos trabalhadores de negociar e acusá-los de já partir para a greve.

Reunião com a direção no RS

Foi informado que nesta quarta (14), o Sindicato terá a segunda reunião com a direção regional dos Correios, para colocar a posição dos trabalhadores sobre o andamento da negociação.

Trabalhadores reagiram com indignação

A postura da empresta tem causado indignação entre os trabalhadores. Este sentimento ficou evidente durante as falas na assembleia. Foram diversos relatos das imensas dificuldades vivenciadas pelos trabalhadores sem que a empresa tome qualquer medida para solucionar os graves problemas vivenciados por todos os trabalhadores dos Correios. No entanto, além de não negociar, a empresa tenta empurrar a negociação para tentar retirar direitos conquistados ao longo de anos e com muita luta.

Neste sentido, é importante que todos os trabalhadores se deem conta da gravidade do momento e do que representará a perda de direitos como plano de saúde e outros benefícios e quanto representam de seus salários se tiverem que começar a pagar por estes benefícios.

Todos na assembleia do dia 19

No final, foi feita uma forte convocação para participação maciça da categoria na assembleia do dia 19 de setembro, que irá deliberar sobre a greve. Não se trata só de reajuste salarial. Se trata de garantir que não serão retirados todos os direitos que garantimos até agora e de fazer com que nosso Acordo Coletivo, onde temos todas as garantias conquistados com muita luta, continuem valendo. A hora de lutar é agora porque se estes direitos forem perdidos será muito difícil de conquistar novamente.

A assembleia será no salão da igreja da Pompéia, em porto Alegre e também nas subsedes.

Agende-se e participe.

Assessoria de Comunicação

14/09/2017 14:37:57

Nara Soter