CDD ZONA NORTE: agora é greve

Dirigentes do SINTECT-RS estiveram nesta segunda-feira (09), novamente reunidos com os trabalhadores do CDD Zona Norte e a gestão da Empresa para debater os graves problemas que vêm sendo enfrentados pelos trabalhadores da unidade. A questão central tratada foi a volta para o prédio da unidade.
RETROSPECTIVA – Este debate passa, necessariamente, por um resgate dos problemas enfrentados pelos trabalhadores e trabalhadoras que não tiveram a devida atenção dos gestores da empresa e que não vêm de hoje, que são do conhecimento da e empresa e da categoria há tempos, desde 2024. Inclusive, neste ano, foi realizada uma greve ambiental, com a expectativa que os problemas fossem resolvidos.
Em setembro do ano passado, os trabalhadores do CDD Zona Norte, juntamente com o Sindicato, tiveram uma reunião com o CONEO, GEDIS e GERAE, na porta da Unidade, e no momento foi tirado como encaminhamento a troca de prédio. Inclusive na reunião foi levantada a possibilidade de locação do antigo prédio que ficava na rua Arabutã, pois o mesmo atenderia às especificações técnicas exigidas.
Mas, no dia em que estava completando seis meses deste pedido, em abril de 2025, o Sindicato retornou ao local, chamado pelos trabalhadores, para verificar o agravamento da situação, com um temporal que havia ocorrido no dia anterior. Novamente o Sindicato cobrou da empresa a interdição do prédio, reforçado pela visita do setor de engenharia ao local. Inicialmente, a empresa queria interditar parte do prédio, mas o Sindicato constatou que a unidade estava sem condições mínimas para o trabalho.
Na reunião foi então decidido que seria feita a alocação dos trabalhadores e das trabalhadoras, enquanto o prédio passasse pela reforma, junto ao CEE Centro que, conforme se alertou, também não tinha condições de abrigar os funcionários.
Além disso, o SINTECT-RS, em nova ação na tentativa de dar celeridade para solucionar o problema, levou a situação à presidência da empresa, quando, por ocasião da reunião da Fentect com o presidente do Correios, entregou ofício relatando o problema. No documento, o Sindicato destaca os problemas enfrentados pelos trabalhadores e trabalhadoras da Unidade desde 2024, que se agravaram com as enchentes de maio. Foram apontados problemas graves como esgoto a céu aberto em frente a unidade e telhado em condições precárias, que se agrava a cada temporal, ameaçando a saúde e a segurança dos trabalhadores da unidade.
No dia 6 deste mês, as trabalhadoras e os trabalhadores do CDD Zona Norte, reuniram-se com o Sindicato, e comunicaram que, segundo a gestão da unidade, eles iriam permanecer de forma improvisada e permanente junto à unidade do CEE Centro. E, além disso, o contrato de locação do prédio da unidade teria sido rompido e que teria uma possível relocalização para um futuro distante.
Por fim, há mais de 9 meses os trabalhadores têm buscado todos os caminhos possíveis para resolver a questão. Mas a empresa promete e não cumpre, se esquiva e os problemas continuam. Os trabalhadores não aguentam mais. Exigem uma solução imediata para a questão, de forma que eles tenham condições dignas de trabalho.
Sendo assim, na quinta-feira as trabalhadoras e os trabalhadores farão uma assembleia para deflagração de greve na frente do prédio Sede, reivindicando, assim, o retorno dos funcionários a seu local de origem, a Travessa Heinzmann, 489, dentro da área de entrega da unidade, o que é previsto nos manuais da ECT.
Sindicalize-se, juntos somos mais fortes para lutar por trabalho decente!