Categoria encerra greve e destaca a unidade dos trabalhadores
Na assembleia realizada na sexta-feira (6), na Pompeia, os trabalhadores dos Correios decidiram por encerrar a greve iniciada em 21 de setembro. O fim do movimento foi aprovado por ampla maioria. O retorno ao trabalho será às 23h59 minutos do domingo, dia 8 de outubro.
A assembleia iniciou com leitura dos comunicados do Comando Nacional de Negociação, onde era indicada a aprovação da proposta apresentada pelo TST.
Durante as falas, os trabalhadores destacaram fundamentalmente a unidade da categoria construída nesta greve, apesar da posição dos Sindicatos do Rio de Janeiro e São Paulo, ligados a Findect. Foram muitas as críticas às entidades, que inicialmente se posicionaram ao lado da empresa e só reviram a sua postura frente à pressão das bases.
Muitos destacaram o fato de que foi o movimento, um dos maiores realizados nos últimos anos, com a adesão da maioria dos sindicatos, que garantiu uma proposta com a manutenção de todos os direitos, à exceção do Plano de Saúde que continuará tramitando no Tribunal.
Foi ainda ressaltada a coragem dos grevistas, que não recuaram frente as pressões e as ameaças da empresa, inclusive de desconto dos salários.
A proposta
A proposta, apesar de ter sido aprovada, foi criticada pelos trabalhadores que destacaram a importância da manutenção dos direitos, especialmente frente a entrada em vigor da reforma trabalhista, mas consideraram rebaixado o reajuste salarial, que está longe de repor as perdas da categoria.
Mas, mesmo assim, a categoria considerou que este acordo é superior ao que havia sido ofertado inicialmente pelo presidente da ECT, Guilherme Campos, e que a Findect estava querendo aceitar sem brigar. Os avanços foram creditados a mobilização e unidade dos trabalhadores, que dia 19 de setembro, um dia antes da assembleia que deflagrou a greve em praticamente todo o país, tinham uma primeira e única proposta de reajuste zero e retirada de dezenas de direitos, que seriam subtraídos do acordo coletivo.
Fortalecer o Sindicato e a luta
Os trabalhadores também destacaram a necessidade de fortalecer o sindicato, inclusive financeiramente, para fazer frente ao ataques que virão com a reforma trabalhista, que entra em vigor dia 11 de novembro. A nova legislação impõe a unidade ainda maior dos trabalhadores e uma ação cada vez mais forte e intensa do Sindicato, cuja sustentação deve ser feita pelos trabalhadores.
Por fim, foi avaliado que o movimento grevista se constituiu num importante momento de conscientização da categoria quanto a importância da luta e da unidade. Durante a greve, diversos trabalhadores relataram que há tempos não faziam greve, mas que o momento exigia que todos participassem da luta.
A categoria também destacou a necessidade de continuarem mobilizados para defender o Plano de Saúde, lutar contra a precarização das condições de trabalho e garantir a manutenção dos direitos conquistados em décadas de lutas.
O SINTECT-RS parabeniza os lutadores e convida todos a somarem nas próximas lutas que virão e, também, a se sindicalizarem para fortalecer o Sindicato garantindo a estrutura e as atividades necessárias para defender os direitos da categoria.
Das assembleias realizadas até às 19h55 da sexta-feira (6), pelos 31 sindicatos ligados a Fentect, 28 aprovaram a proposta e três rejeitaram.
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Assessoria de Comunicação
06/10/2017 22:42:11