Assembleia reafirma nenhum direito a menos e luta contra privatização

Na assembleia realizada no dia 11 de julho, em Porto Alegre e nas subsedes, os trabalhadores dos Correios reafirmaram uma negociação sem nenhum direito a menos e a luta contra a privatização. No início da assembleia foi feito um relato sobre a negociação e as tentativas da empresa de acabar com direitos conquistados pela categoria ao longo dos anos e, também, sobre as transferências compulsórias que vem sendo impostas pela empresa. No caso das transferências, foi dada orientação de que os trabalhadores não assinem qualquer documento sem antes falar com o Sindicato. “A empresa não pode mexer assim na vida das pessoas”, ponderaram os dirigentes.

Pacote de maldades

Mais especificamente sobre as negociações, os diretores do Sindicato alertaram que o que a empresa tem colocado na mesa é um pacote de maldades, que tenta acabar com vários direitos, conquistado ao longo de décadas com muita luta.

Além disso, a empresa tem tratado com total descaso a negociação. Até a data da assembleia, apesar de ter assumido o compromisso, ainda não havia apresentado um índice para apreciação dos trabalhadores.

Outro itens destacado foi a tentativa da empresa de excluir o item 28 do Acordo Coletivo, que trata do Plano de Saúde, entre outros ataques.

Também foi reiterada a importância de que, em paralelo com a negociação, seja mantida a luta contra a privatização dos Correios e  lembrado que todas as medidas que a empresa tem tomado na negociação, dialogam com a intenção da gestão dos Correios, de preparar a empresa para ser vendida, facilitando a vida dos compradores.

Todos pelos Correios

Em suas falas, os trabalhadores defenderam uma negociação com nenhum direito a menos e uma reposição salarial que recupere as perdas da categoria. Os trabalhadores buscam as perdas da inflação, mais R$ 300 linear como foma de recuperar os salários. Também defenderam o fortalecimento da categoria, como única forma de resistir aos ataques da empresa, barrar a privatização dos Correios e, ainda, lutar contra a reforma da previdência.

Lembraram que a privatização dos Correios é uma das primeiras que vem sendo tentada pelo governo, porque a empresa é uma das mais antigas e queridas do povo brasileiro e vender os Correios “abre a porteira” e é “exemplo” para as demais estatais que viriam depois.

Deliberações

No final da assembleia, entre as deliberações, foi definido:

– Nova assembleia para analisar o andamento da negociação e aprovar estado de greve no dia 24 de julho;

– Fortalecer a atuação nas Câmaras de Vereadores;

– Participar das atividades contra a reforma da previdência;

– Atuar nos bairros contra a privatização dos Correios;

– Construir audiência pública na Assembleia Legislativa do RS;

– Participação do programa Boca no Trombone, da Rádio Bandeirantes;

– Formar frente com categorias parceiras que lutam contra a privatização, entre outras iniciativas.

Assessoria de Comunicação

14/07/2019 20:02:09

Nara Soter